Condomínio será habitado por mais de 50 famílias


Um prédio abandonado no centro de Floriano-PI vai se tornar um condomínio de moradia popular. O local era um imóvel do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), que passou por avaliações de engenheiros e arquitetos e, logo, será inaugurado para ser residência de mais de 50 famílias de baixa renda.

Para minimizar os problemas de habitação popular, a Federação das Associações de Moradores e Conselhos Comunitários, em seu segmento no Estado do Piauí, tem trabalhado desde 2009 em projetos visionários. No Piauí foram localizados 2 imóveis em mesmo estado: um em Campo Maior e outro em Floriano. "Ainda em 2009 nós fizemos o pleito ao Lula, para que pudessem ser comprados esses prédios para ser doados ao movimento. A maioria dos imóveis do INSS estão em área moradia", diz Neide Carvalho, presidente da FAMCC-PI.

Segundo Neide Carvalho, o ex-presidente Lula assinou, em 2010, o decreto que autorizou a União, por meio do Ministério das Cidades, a localizar e comprar vários imóveis abandonados pelo país - um deles o do antigo INSS de Floriano.

A presidente da entidade afirma, ainda, que fez levantamento para discutir a possibilidade efetiva de se construir habitação no local, fez vistoria, foi enviado pleito para Brasília, e, inclusive, abri uma chamada pública: "nós concorremos e conseguimos comprovar toda a situação da entidade, por volta do 2º semestre de 2011", completa.

Os critérios de seleção para a compra dos apartamentos populares são os mesmos do projeto do Governo "Minha Casa Minha vida": Mães de família, pessoas com deficiência, famílias com pessoas idosas e famílias com grande número de familiares. De acordo com Neide Carvalho, para se chegar às famílias cadastradas a FAMCC realizou reunião com associações inicialmente até cadastrar cerca de 80 famílias. Destas, 56 famílias estavam dentro dos critérios.

O novo imóvel custará no máximo R$ 120,00 a prestação e foi construído para atender famílias que ganham salário mínimo. Cada uma terá despesa individual nos serviços de gás, água e energia, mas a FAMCC fará acompanhamento através de projetos sociais para que os moradores possam integrar-se mais rapidamente à realidade de uma moradia com espaços coletivos e administrar a renda de forma harmônica.

Neide Carvalho informa que os engenheiros e arquitetos que trabalharam no projeto do condomínio são fruto de uma parceria firmada com o Governo do Estado na época (2009) por meio da Agência de Desenvolvimento Habitacional.

INAUGURAÇÃO 

O já chamado Condomínio Catumbi está com inauguração programada para esta quinta-feira, 02/08, com assinatura dos contratos. Na sexta-feira, 03, será a entrega das chaves dos apartamentos.



Julho de 2012.
Matéria especial para o portalODIA.com 

Na última quarta-feira, 24, a Universidade Federal do Piauí ganhou mais um prédio acadêmico. O curso de Moda e Estilismo recebeu com muito entusiasmo o moderno espaço equipado com salas de aula, laboratórios e ateliês.

O evento iniciou com o desenlace da fita inaugural, feita pelo Magnífico Reitor, Luiz de Sousa Santos Júnior, que seguiu com a primeira visita às instalações, conduzida pela coordenadora do curso, Iara Braga. Na oportunidade, houve também um desfile categórico: peças desenvolvidas pelos próprios alunos.

A nova estrutura compõe além dos espaços de aprendizagem, um anfiteatro, que passa a ser utilizado como espaço cultural e para eventos relacionados ao curso. Essa preocupação se deu pela existência de Moda e Estilismo há dois anos da Federal. Até a data da inauguração os alunos assistiam aula em outros departamentos da universidade.

Segundo o reitor, como a UFPI fará, em 2011, 40 anos de existência, a preocupação em finalizar ciclos de projetos com celeridade aumenta. “A UFPI era o ‘patinho feio’ dos sistemas federais, mas hoje temos bons indicadores, quase 20 mil alunos presenciais e 6 mil no ensino à distância”, comenta.

MEDIDAS – O novo edifício do curso de Moda e Estilismo teve um investimento financeiro total de R$ 4.792.632,09 (informações constantes no cerimonial). Possui 6 salas de aula, 2 laboratórios (um de costura e outro de modelagem), um anfiteatro (espaço aberto) de 40,00m² – tudo distribuído em 2 andares.



Profª. Zozilena fala do Curso de Moda e de projetos futuros para a UFPI.

ENTREVISTA – A criadora do projeto que trouxe o curso de Moda e Estilismo para a UFPI, Profª. Drª. Zozilena de Fátima (coordenadora de Ação Comunitária e Cultural), concedeu uma entrevista exclusiva ao Portal Vooz sobre o assunto.
Perguntada sobre como surgiu a idéia do projeto do curso, ela diz: “O sonho que eu tive foi de ver o Piauí lançar o curso de moda na UFPI. Por que? Porque nós temos uma vocação muito grande para a moda. Independente de qualquer coisa a moda está acontecendo fora os muros da universidade. No espaço da academia ela vai adquirir um outro patamar de significação, exatamente, porque ela vai ser aliada à pesquisa. Nessa abertura mesmo nós vimos um desfile temático. Por aí a gente já vê qual vai ser a tônica desse curso. O Piauí só ganha, e penso também que não deve ficar só no curso de moda. Nós estamos ainda num grande caminhar”.

Depois, a professora falou um pouco sobre alguns projetos futuros: “A criação do curso de dança, que nós já estamos começando a trabalhar com um caminhar, digamos assim de fora para dentro da universidade. O curso de dança, eu to fazendo um caminho contrário, eu to pegando os artistas, dançarinos, coreógrafos do Piauí e de fora. E também já estamos articulando o outro que é o curso de Teatro. Estou contando com a participação de uma artista, e de uma diretora, criadora, dramaturga que é uma professora da Alemanha que eu ainda não vou dizer o nome, porque assim eu vou deixar em suspense”, brinca. Finalizando, diz que, depois, possivelmente fará um projeto para o curso de Cinema.



Novembro de 2010.
Matéria veiculada no Portal Vooz.


Um dia desses estive conversando com um amigo sobre os desenhos de hoje. O “Ben 10”, por exemplo, meu irmãozinho de 7 anos é um dos seus maiores fãs (acredito), e em todo lugar podemos ver toalhas, mochilas, chinelos, chaveiros, brinquedos, tudo com esse desenho animado.
Perguntei ao meu amigo o porquê de tanto alarde por ele. No meu tempo era “Dragon Ball” – e eu achava muito mais instigante. Ele me disse que é por causa dos tempos que mudam: nossos pais, por exemplo, consideravam Dragon Ball qualquer coisa menor comparando com os desenhos (na verdade histórias em quadrinhos) do tempo deles.
É verdade, os tempos mudam. Mas é bom ver que ainda tem gente querendo preservar o que já passou. Um bom modelo disto foi o evento que ocorreu nos dias 16, 17 e 18 de julho, o I Encontro da Velha Guarda de Caxias, que reuniu vários caxienses amigos de todos os lugares do Brasil, que há décadas não se viam.
O passado se misturou ao presente, e o presente far-se-á futuro ainda, pois já está programado um evento seguinte daqui a dois anos.
Vejo que os jovens, atualmente, não prezam tanto pela conservação. Tudo é muito rápido, muito instantâneo. Os colegas não conhecem mais os outros colegas de turma, sabem somente superficialmente o mínimo de cada um – e muitas vezes nem dos nomes se lembram ao sair da escola. Nos tempos dos meus pais e tios, os colegas se preocupavam com cada um, se conheciam, sabiam dos pais, dos irmãos, da família.
Numa roda de conversa com parentes que se hospedaram em minha casa para o encontro da velha guarda, fui percebendo quantos valores de anteriormente foram se perdendo com a rapidez das novas tecnologias. Professores que passavam anos educando gerações de alunos, hoje em dia passam 2 ou 3 anos na sala de aula, depois são transferidos para outra escola, e após, para mais outra, e assim, sucessivamente. Não há mais tempo para aquele apego ao porteiro do cinema, ou àquele pastel da esquina, porque até isso muda rápido.
Temos que ser perseverantes em lembrar do que fomos, mesmo com tudo mudando tão rápido. O presente é para ser guardado e não simplesmente passado em vão, sem memórias, sem pontos de recordação. “O que fomos” é o que desenvolve “o que seremos”, e é o que nos dá aporte para tanto.


Julho de 2010.
Texto opinativo veiculado no Jornal Folha do Leste.
Por Junior Alencar Magrafil.
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