Registrado o 12º assassinato do ano em Caxias: a vítima morava no povoado Jabuti, na zona rural do município.
No município de Caxias vem ocorrendo muitos casos de homicídios e, não somente pelo número de ocorrências, mas também devido à brutalidade com que tem sido aplicados, a situação vem deixando a população caxiense assustada.
Um dos mais conhecidos, por exemplo, o do mototaxista José Francisco da Conceição – segundo informações da polícia – um homem, até hoje não identificado, teria pedido os serviços do mototaxista para uma corrida na madrugada do dia 24 de abril, com destino ao povoado Fumo Verde. Em certo local da estrada, o homem anunciou o assalto. O crime aconteceu por volta das 2h. A brutalidade se faz porque, mesmo após Francisco ter entregado sua moto, ele foi assassinado a golpes de facão, atingindo o lado esquerdo do rim e, ainda, foi degolado.
A moto (Yamaha, cor vermelha) de propriedade do mototaxista José Francisco chegou a ser recuperada pela família. Estranhamente o veículo foi encontrado abandonado em um restaurante, no bairro Pampulha, com a chave ainda na ignição e o capacete da vítima.
A família do mototaxista foi avisada e o veículo recolhido pela Polícia Militar e devolvida à viúva, dona Maria Raimunda. “Quando a Mariela veio da churrascaria do Mosquito, de manhã, chegou uma pessoa dizendo pra gente reconhecer a moto, pra ver se era nossa. Então, levaram pra polícia e mandaram chamar o meu filho. Depois ele foi e disse que era mesmo nossa. Na delegacia liberaram a moto pra ele”, explica a viúva.
A motocicleta, com apenas 3 meses de uso, estava sem os retrovisores, sem placa e com vários arranhões. Das 48 prestações parceladas para compra da moto, seu José tinha pagado apenas 3, mesmo assim, para dona Maria Raimunda, a recuperação do veículo é motivo de alívio: “Grande demais, inclusive eu mandei meu filho no banco, e lá disseram que só recebia a moto quando tiver com 120 dias de atraso, aí não recebi porque não tem atraso ainda”, comenta.
Desde o assassinato do esposo, ocorrido no dia 24 de abril, vítima de latrocínio (roubo seguido de morte), dona Maria Raimunda está se mantendo com os 14 filhos através da ajuda de populares e faz um apelo.
“Quem eu tinha pra cuidar dos meus filhos hoje eu não tenho mais, hoje eu tenho que ser o pai e a mãe em todos os assuntos do mundo. As ajudas das pessoas que tiverem bom coração que quiser ajudar eu agradeço muito. Toda ajuda é bem vinda, toda ajuda que trouxerem pra mim é bem vinda”, conclui.
CASO NO CANGALHEIRO – Na tarde da quarta-feira, 28 de abril, um homem identificado como Fábio Enos de Sousa foi localizado num matagal da Rua da Pólvora, no bairro Cangalheiro, por uma criança enquanto brincava nas imediações do terreno. O corpo estava abandonado e em avançado estado de decomposição. Segundo as informações da Polícia Militar, a vítima foi executada com vários tiros de revólver. Fábio Enos, conhecido também por Guariba, já tinha passagem pela polícia, chegando a passar quatro anos em Pedrinhas.
HOMICÍDIO NA VOLTA REDONDA – Outro assassinato aconteceu nas proximidades de um clube de festas no bairro Volta Redonda, a vítima conhecida como “Tita” foi morta a queima-roupas por dois homens desconhecidos que pilotavam uma motocicleta preta. O homicídio aconteceu em menos de uma semana desde o assassinato de Fábio Enos de Sousa.
LATROCÍNIO NA ZONA RURAL - Registrado durante a manhã da última quinta-feira, 6, o 12º assassinato do ano em Caxias. A vítima é a senhora Maria do Rosário Sobral, de 59 anos, que morava no povoado Jabuti, na Zona Rural de Caxias. O crime chocou a população do povoado.
O assassinato aconteceu no comércio que ela mantinha dentro de casa. O suspeito já foi preso e confessou o crime. Antônio Francisco Matos da Silva, de 21 anos, abordou a idosa, às 5h, e praticou o assassinato com três facadas (duas facadas nas costas e uma no pescoço).
Em depoimento, no 1º DP, ele mesmo declarou já conhecer a senhora e que estava planejando ir à uma festa no final de semana. Por não ter dinheiro para isso foi à casa da vítima, chegando a roubar 100 reais– o que caracteriza latrocínio. O agressor foi levado para o 1º DP e, em seguida, para o CCPJ.
Maio de 2010.
Matéria veiculada no Jorna Folha do Leste.
Por Junior Alencar Magrafil.
Por Junior Alencar Magrafil.
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