Os poucos estabelecimentos que apresentam rampas não se preocupam com a parte interna.


A acessibilidade no município de Caxias é um grande problema. Os moradores portadores de deficiência, principalmente a física, vem sofrendo com a falta de acessos. Eles se deparam frequentemente com portas estreitas, degraus, rampas mal feitas, calçadas, entre outros problemas.

Conforme a Lei Federal 10.048/2000, art. 4º, todos os logradouros e sanitários públicos, bem como edifícios de uso público tem por obrigação proporcionar facilidade de acesso a portadores de deficiência física. Entretanto, os órgãos públicos e privados do município não estão se adaptando às necessidades desse grupo.

Na cidade, existe um órgão que foi criado com o objetivo de minimizar essas dificuldades, a ADEFIC (Associação dos Deficientes Físicos de Caxias). “Somente alguns locais, construídos recentemente, estão adaptados para atender às necessidades dos deficientes. Delegacia, Igrejas, Escolas, Correios, Fórum e Cemitérios são alguns exemplos de locais públicos que não dão oportunidade de acesso facilitado aos cadeirantes”, comenta Paulo Carneiro, presidente da ADEFIC.


Em muitos países da Europa e nos EUA já se desenvolvem políticas para acessibilidade voltados à todo o tipo de indivíduo seja ele com deficiências físicas ou algum problema derivado da falta de conhecimentos. O Brasil também tem projetos voltados para a acessibilidade trabalhados em cima de leis. A dificuldade está na aplicação destas.


Paulo enfatiza que os locais onde apresentam rampas não se preocupam com o interior do estabelecimento. “Em hospitais, por exemplo, o cadeirante só encontra facilidade para entrar em algumas unidades, mas em caso de internação, não é possível encontrar um leito exclusivo”, finaliza.

ADEFIC – O órgão existe na cidade desde 2006. Atualmente 400 associados lutam para garantir seus direitos dentro da sociedade. A ADEFIC busca, também, sede própria, pois funciona provisoriamente no prédio do Instituto Histórico e Geográfico de Caxias.

MAIS – Portadores de deficiência auditiva compareceram à sessão ordinária da Câmara dos Vereadores nesta quarta-feira, 16, para pedir apoio do legislativo num projeto de inclusão educacional do grupo. A proposta visa assegurar atendimento educacional especializado aos alunos com deficiência auditiva nas escolas regulares do município.


Junho de 2010.
Matéria publicitária veiculada no Jornal Folha do Leste.
Por Junior Alencar Magrafil.

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